terça-feira, 26 de julho de 2016

Sentado outro dia na beira da cama, após noites de tormentos, sonhos impossíveis, café ao lado, para o dia começar… A intranquilidade de não saber onde estas, se irás retornar, se pensa ou já se foi a algum tempo, dúvidas cruéis, pesadas, um tiro na alma. O raiar do sol me incomoda cada dia mais, por pensar que lá fora a vida está acontecendo, e eu preso a ti, preso a cama e meus cigarros, preso eternamente a morte.
Eu que nunca me arrependi de nada, hoje vivo de arrependimentos, talvez seja esse o meu problema atualmente, medo de sair e viver outros arrependimentos, nos quais eu não suporto mais; você não consegue ver? Tantos lugares para se estar, e eu simplesmente estou aqui parado, torcendo para a vida passar em um piscar de olhos, porque viver sem alma e coração, não é viver… <br>
Posso sentir o medo que você sente, gostaria de ajudar a se livrar disso, pois assim não se sentiria tão sozinha, mas eu não estou bem, não sei bem como lhe responder isso, estamos todos partindo. É como se eu estivesse lendo seu livro, lentamente, um livro que eu amo, lendo com bastante espaço entre às palavras para que se torne infinito, eu ainda posso te sentir. Mas é nesses espaços sem fim entre às palavras que eu me encontro agora, é um lugar que não pertence a um mundo físico, é onde que está tudo o que eu nem sabia que existia, eu te amo, mas é aqui que eu estou agora, é isso que eu sou agora, preciso que me deixe ir, por mais que eu não queira, não posso mais viver no seu livro onde não há eu nele escrito. É difícil de explicar para onde eu vou, mas se você um dia chegar lá, me procure, nada jamais nos separaria, eu nunca amei alguém como eu amo você, agora nós sabemos… 
Sempre haverá uma parte de ti em mim.

Adeus.
Teu (esquecido) amor.

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